Rejeição - Um Olhar Além da Dor
Rejeição dói, mas pode revelar partes de nós que ainda não acolhemos. Descubra como a dor pode guiar seu fortalecimento interior.
PSICOTERAPIASAÚDE EMOCIONALDOR E CURA INTERIOR
Viviane Rassi
5/7/20251 min read


Um Olhar Além da Dor
Ser deixado é doloroso. É uma sensação que nos atravessa, nos toca profundamente e se instala em lugares que nem sempre conseguimos nomear. Não importa a idade ou a circunstância — ser rejeitado é como ser empurrado para fora de um espaço onde acreditávamos ter um lugar. Seja nas relações amorosas, na família, no trabalho ou entre amigos, a exclusão deixa marcas invisíveis, mas intensamente sentidas.
Muitas vezes, a pergunta que vem depois da colisão não é sobre quem nos rejeita, mas sobre o que há de errado conosco. “Por que eu não fui escolhido? O que falta em mim? Será que sou insuficiente?” E então, sem perceber, começamos a nos ver pelos olhos daqueles que nos negaram, nos afastaram, nos substituíram. Nossa própria identidade começa a ser moldada por esse sentimento de exclusão.
Jung nos convida a olhar para a exclusão sob outra perspectiva: o que em mim está sendo rejeitado por mim mesma?
A dor da exclusão ecoa rejeições internas que carregamos ao longo da vida. Fragmentos nossos que foram considerados inadequados, imperfeitos ou indesejáveis, talvez desde a infância. Quando somos rejeitados pelo outro, a dor é ampliada porque ressoa com a nossa própria dificuldade de nos aceitarmos por inteiro.
E então, um ciclo começa: quanto mais tememos a exclusão, mais tentamos nos moldar para sermos aceitos. E quanto mais nos moldamos, mais nos afastamos de quem realmente somos.
A alma sabe quando estamos fingindo. Ela sente o peso de viver em função do olhar alheio e nos chama, através da dor, para nos reconectarmos com nossa essência verdadeira.
Como posso transformar essa experiência em um passo para o meu fortalecimento interno?